POR UM CONGRESSO PETISTA: CONSTRUIR A UNIDADE PARTIDÁRIA NO DEBATE, COMO CONDIÇÃO PARA ENFRENTARMOS A DIREITA ORGANIZADA EM VEÍCULOS DE IMPRENSA, “FORMADORES DE OPINIÃO” NEOLIBERAIS E SABOTADORES DE OUTRAS ORDENS!
Companheiros e
companheiras,
Escrevo na condição
de militante independente que tem o diálogo privilegiado com
correntes consideradas à esquerda no Partido. Tanto que, no plano
estadual, se for mantido o cronograma do PED, integrarei a chapa da
corrente “Militância Socialista” e, no nacional, a convite da
EPS, integrarei a chapa articulada por esta corrente, declarando meu
apoio ao companheiro Rui Falcão!
No entanto, proponho
aqui uma reflexão e uma guinada em nosso cronograma!
É paradoxal que um
partido como o nosso, que criou o PED, que estabeleceu de forma
inédita a paridade de gênero na composição de suas direções,
cotas de juventude e étnica, limites de mandatos parlamentares,
dentre tantas inovações, esteja no limbo e na vala comum dos
partidos tradicionais do Brasil, para boa parte de nossa base social.
A questão é
exatamente essa: o PED foi e continua sendo invenção petista. O
problema é que, na forma e no tempo em que ele se realiza, não
teremos um debate orgânico que expresse corretamente os alinhamentos
internos. A mobilização de filiados e filiadas para o PED obedece a
outras exigências e recursos que não refletem os dramas, as
ansiedades e o desejo de nossa base militante.
Eis porque considero
que o PED não seja a ferramenta adequada, neste momento, para
produzir a unidade necessária do Partido. Fazer frente, aos nossos
adversários, demanda uma mobilização focada no debate político
estratégico. E isso só pode ser feito num Congresso, livre de
outras pressões!
Nesse sentido proponho:
1.Suspensão do PED;
2.Convocação de um
Congresso Extraordinário, para dezembro, com delegação
referenciada em encontros de base; plenárias de não filiados (mas
simpatizantes, que elejam observadores), nas quais o debate seja o
critério de aferir participação, e não apenas a assinatura em uma
lista de presenças. Militantes de base e não filiados
(simpatizantes, lutadores sociais como os do MST, MAB e outros) devem
ser a fonte de toda nossa energia para recuperarmos a relação com o
que há de mais avançado no país.
3.Para que não seja
prorrogado o mandato da atual direção nacional, e que o Congresso,
a partir dos debates e da diversidade das ideias seja o espaço
privilegiado para a construção de uma forte unidade partidária.
Companheiros e
companheiras, 2014 não será a reedição de 2006. Os desafios são
outros!
Chico Simões –
membro do Diretório Estadual do PTMG
(Foi prefeito de
Coronel Fabriciano por três mandatos; ex-deputado estadual; foi
vice-presidente do PTMG)
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