segunda-feira, 1 de julho de 2013

Proposta do companheiro Chico Simões para o PT

POR UM CONGRESSO PETISTA: CONSTRUIR A UNIDADE PARTIDÁRIA NO DEBATE, COMO CONDIÇÃO PARA ENFRENTARMOS A DIREITA ORGANIZADA EM VEÍCULOS DE IMPRENSA, “FORMADORES DE OPINIÃO” NEOLIBERAIS E SABOTADORES DE OUTRAS ORDENS!


Companheiros e companheiras,
Escrevo na condição de militante independente que tem o diálogo privilegiado com correntes consideradas à esquerda no Partido. Tanto que, no plano estadual, se for mantido o cronograma do PED, integrarei a chapa da corrente “Militância Socialista” e, no nacional, a convite da EPS, integrarei a chapa articulada por esta corrente, declarando meu apoio ao companheiro Rui Falcão!

No entanto, proponho aqui uma reflexão e uma guinada em nosso cronograma!

É paradoxal que um partido como o nosso, que criou o PED, que estabeleceu de forma inédita a paridade de gênero na composição de suas direções, cotas de juventude e étnica, limites de mandatos parlamentares, dentre tantas inovações, esteja no limbo e na vala comum dos partidos tradicionais do Brasil, para boa parte de nossa base social.

A questão é exatamente essa: o PED foi e continua sendo invenção petista. O problema é que, na forma e no tempo em que ele se realiza, não teremos um debate orgânico que expresse corretamente os alinhamentos internos. A mobilização de filiados e filiadas para o PED obedece a outras exigências e recursos que não refletem os dramas, as ansiedades e o desejo de nossa base militante.

Eis porque considero que o PED não seja a ferramenta adequada, neste momento, para produzir a unidade necessária do Partido. Fazer frente, aos nossos adversários, demanda uma mobilização focada no debate político estratégico. E isso só pode ser feito num Congresso, livre de outras pressões!

Nesse sentido proponho:
1.Suspensão do PED;
2.Convocação de um Congresso Extraordinário, para dezembro, com delegação referenciada em encontros de base; plenárias de não filiados (mas simpatizantes, que elejam observadores), nas quais o debate seja o critério de aferir participação, e não apenas a assinatura em uma lista de presenças. Militantes de base e não filiados (simpatizantes, lutadores sociais como os do MST, MAB e outros) devem ser a fonte de toda nossa energia para recuperarmos a relação com o que há de mais avançado no país.
3.Para que não seja prorrogado o mandato da atual direção nacional, e que o Congresso, a partir dos debates e da diversidade das ideias seja o espaço privilegiado para a construção de uma forte unidade partidária.

Companheiros e companheiras, 2014 não será a reedição de 2006. Os desafios são outros!

Chico Simões – membro do Diretório Estadual do PTMG
(Foi prefeito de Coronel Fabriciano por três mandatos; ex-deputado estadual; foi vice-presidente do PTMG)

Nenhum comentário:

Postar um comentário