sábado, 28 de setembro de 2013

Rogério Correia PRESIDENTE

Para o PT de Minas Mudar de Rumo

com rapidez, radicalidade e ouvindo as vozes das ruas

Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama
violentas as margens que o comprimem.
Bertolt Brecht



Há uma grande contradição entre os avanços do país alcançados nos governos Lula e Dilma e a estrutura política, econômica e institucional vigente, herdada inclusive dos tempos precedentes à própria ditadura militar. Os trabalhadores e o povo melhoraram de vida desde 2003, mas as instituições políticas continuam amplamente controladas por setores minoritários, grandes empresários, latifundiários e políticos tradicionais.

Empoderados pelos direitos adquiridos, informados e libertos do coronelismo político e midiático, os jovens que estão nas redes sociais não se sentem contemplados pelos instrumentos tradicionais de representação social: tribunais, ministérios públicos, casas parlamentares, partidos, sindicatos, etc.

Os protestos de junho foram, de maneira difusa, contra o sistema político e a favor de direitos sociais. Seja lá o que isso represente para a diversidade de expectativas dos que foram às ruas, é o mínimo que precisamos compreender das gigantescas manifestações que têm o perfil das frases curtas do Face e do Twitter, mas de profundidade e extensões significativas.

Podemos afirmar que a institucionalidade foi posta em xeque devido aos seus anacronismos e, por isso, precisa de reformas urgentes, profundas e substantivas. É nessa conjuntura que o PT realiza mais um Processo de Eleições Diretas, o PED.

No Brasil, o PT assistiu aos acontecimentos de junho entre surpreso, inquieto e ansioso.  Em Minas Gerais, a sensação era a de que o partido ansiava para a “onda” passar  rapidamente e seguir no mesmo diapasão de acomodação. Setores majoritários do partido em Minas chegaram até a rotular as manifestações como movimento da direita, da elite conservadora, acreditando numa suposta teoria da conspiração contra o nosso governo. O que ficou provado é que os movimentos foram legítimos e que a direita e sua elite ficaram num primeiro instante criminalizando as manifestações para logo após tentar dirigi-los e cooptá-los. Fato é que, apesar de toda a pluralidade de grupos de vários matizes ideológicos, o PT ficou de fora!

O PED2013, a depender da maioria da direção, repetirá a tradicional contagem de garrafas, referendando a estrutura carcomida, conservadora e acomodada. Quase 100 mil boletos foram pagos, eleitores serão LEVADOS às urnas e o debate político, mais uma vez, será a primeira vítima.

Apesar disso tudo, para a  nossa candidatura e as chapas que nos apoiam, esse é o momento para fazermos uma profunda reflexão sobre tudo que precisamos alterar no PT, se não quisermos ficar com o gosto amargo de não termos deglutido adequadamente os novos ingredientes trazidos pelas ruas. A estratégia de centro-esquerda que hegemoniza o partido desde pelo menos 1995, que foi capaz de nos levar à conquista do governo federal em 2002, é incapaz de responder aos novos anseios de 2013.

Apontamos, a seguir, alguns aspectos que a nosso ver são essenciais para darmos ao PT as condições de ser um instrumento novo, nesses novos tempos:

1 - O PT na vanguarda da oposição ao projeto neoliberal em Minas
Basta de Lulécios, Pimentécios e Dilmasias
A profunda crise econômica e política que os tucanos e os seus aliados impuseram com o modelo neoliberal em Minas Gerais precisa ser respondida com o PT vanguardiando a oposição. Buscar ampliar o movimento com um foro de partidos e movimentos sociais para apresentar nossas propostas para superação deste quadro. Entre seus objetivos principais, demonstrar que o modelo neoliberal do chamado choque de gestão, executado por Aécio e seus seguidores, levou ao sucateamento do Estado, dos serviços públicos e à desvalorização dos servidores públicos.

2 - Apresentação de um programa de governo e da candidatura própria petista
Acreditamos ser necessário que, logo após 3 meses da posse do novo diretório, seja apresentado um programa avançado de governo de caráter nitidamente democrático e popular. Essa proposta inicial deve ser construída com as contribuições das bancadas parlamentares, lideranças petistas, intelectuais e, em especial, do movimento social e sindical. Tal programa dever ser submetido à base social do PT para um amplo debate e necessárias alterações e, posteriormente, aos aliados para ser o programa de nosso governo. Não queremos apenas derrotar Aécio e o PSDB, queremos superar o esquema de poder, de governo anti-democrático e antissocial que os caracterizam.

3 – Organicidade de Funcionamento
A atual direção do PT/MG é hoje um “Tribunal de Pequenas Causas”, sem qualquer orientação  política. A vida real precisa ter incidência no PT. Assim, as reuniões da Executiva precisam acontecer a cada quinzena, tendo pelo menos uma resolução política mensal para orientar os rumos de seus parlamentares e militantes. Já o  Diretório deve se reunir a cada trimestre, sendo que em pelo menos uma dessas reuniões participem também representantes das regionais do PT, de diretórios municipais  e dos movimentos sociais, produzindo também resoluções políticas que orientem a militância partidária no Estado. Empoderar os setoriais do PT para que eles sejam a ponta de lança de nossa interlocução com os movimentos sociais.

4 - PT dirigente contra o coronelismo parlamentar
No nosso entendimento, o PT precisa urgentemente deixar de ser essa imensa federação de mandatos, cada qual com seus interesses se sobrepondo aos interesses do Partido. Ouvir a base partidária e as vozes das ruas, reaproximando o PT de sua base social, deixando de ser um partido meramente institucional. O coronelismo parlamentar e os conchavos de interesses pessoais não podem se impor como método. A instância de direção e sua maioria têm que ser construídas a partir de ideias, debates e consensos, respeitando tendências e indivíduos.

5 - Formação Política/Ideológica
Investir seriamente na formação política/ideológica de nossos militantes. A Secretaria de Formação deve realizar debates periódicos para acabar com as filiações indiscriminadas e em massa, com o mero intuito de garantir maioria nas votações.

6 – Extinção do PED
A ampliação da participação via voto direto no PED, que teve na sua criação a perspectiva de aumentar a democracia interna, trouxe como consequência a despolitização do processo, estímulo às filiações indiscriminadas e a repetição de práticas que sempre foram denunciadas e fiscalizadas pelo partido no âmbito do processo eleitoral no Brasil,  como a compra de votos, transporte de eleitores e fraudes nas apurações.
A exigência da participação de novos filiados em pelo menos uma atividade de formação se transformou em uma mera formalidade para habilitar eleitores ao PED.
Os Encontros, nas suas diversas instâncias, eram momentos de grandes debates que serviam também para a formação política e para a troca de experiências.
A nosso ver, a experiência do PED no PT chegou ao fim. É preciso modernizar nossa democracia interna, com a participação consciente de todos os militantes petistas. Devemos encaminhar esta proposta ao V Congresso.

7 - Interiorizar respeitando as decisões dos DMs – Chega de intervenções!
Precisamos avançar para além do discurso. Reativar e revigorar as regionais e valorizar os diretórios municipais. Significa por exemplo, realizarmos uma política de acatar as decisões municipais, desde que respeitadas as táticas eleitorais nacional e estadual, especialmente no que tange ao não acordo com a direita representada pelo DEM, PSDB e PPS. Isto vale principalmente para coibir que interesses particulares se sobreponham às instâncias partidárias.

8 - Reforma política no PT
Não às coligações proporcionais. Se a reforma política que propomos nacionalmente proíbe as coligações, não há porque aplicá-las em Minas.
Fim do poder econômico.
Fim das filiações em massa que descaracterizam nossa militância e o debate político.
Realização de plebiscitos internos sobre temas polêmicos e do orçamento participativo, democratizando as finanças partidárias.



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Aos candidatos à Presidência Estadual do PT e Diretório Estadual

Considerando que:

1 - O PED não pode se transformar num instrumento formal de eleição de direções partidárias, onde a contabilidade das “garrafinhas” sobreponha ao debate político;
2 - O PT sempre defendeu o financiamento público das eleições, como forma de democratizar o processo e minimizar o abuso do poder econômico, devendo por coerência adotar o mesmo procedimento em suas eleições internas.

Propomos:

1 - a realização de 09 (nove) debates macro-regionais, como forma de fomentar o debate interno, para o qual sugerimos o seguinte calendário:

05/10 – Itaobim
06/10 – Governador Valadares
12/10 – Montes Claros
13/10 – Paracatu
19/10 – Pouso Alegre
20/10 – Juiz de Fora
26/10 – Divinópolis
27/10 – Uberlândia
02/11 – Belo Horizonte;


2 - a organização de uma remessa conjunta, pelo PT/MG, de materiais dos candidatos à Presidente e das chapas - que teriam o prazo até o dia 10 (dez) de outubro para encaminharem seus respectivos materiais à Direção Estadual -, a todos os filiados com endereço no DR e para os Diretórios Municipais.


Rogério Correia
Deputado Estadual PT MG
Candidato à presidente do PT MG - PED 2013


Lula: 'Para felicidade de uns e para desgraça de outros, estou no jogo'

RICARDO STUCKERT FILHO / INSTITUTO LULA
O ex-presidente Lula, durante entrevista em que anunciou 'estar no jogo' das eleições de 2014 e declarou confiança em segundo mandato de Dilma

São Paulo – “Se tem uma coisa que eu tenho vontade é de falar. Eu tenho cócegas na garganta para falar. E vocês ajudaram a quebrar um tabu, porque fazia tempo que eu não falava durante tanto tempo. E nunca imaginei que justamente pra vocês eu fosse dar a entrevista mais difícil. Estou voltando, com muita vontade, com muita disposição – para felicidade de alguns, para desgraça de outros. É o seguinte: eu estou no jogo.” Assim Luiz Inácio Lula da Silva encerrou a entrevista concedida nesta terça-feira (24) a um grupo de jornalistas da Rede Brasil Atual, site, rádio e revista, da TVT e do jornal ABCD Maior.

O encontro ocorreu no Instituto Lula, durou 90 minutos e foi, segundo ele, a primeira longa entrevista concedida no exercício da “função” de ex-presidente da República. Lula abriu a conversa dizendo não haver “pergunta proibida”, mas pediu que o perdoassem se no excesso de cuidados de ex-presidente parecesse “chapa branca”. "Ainda estou aprendendo a ser ex-presidente", disse. Ele comentou a importância das manifestações de junho, que considera o acontecimento do ano ao colocar em xeque todos os governantes – das prefeituras à Presidência da República – e por ter ajudado a criar uma nova agenda política para o país – apesar do fato de “alguns” quererem se apropriar das manifestações para desqualificar a política. “Se alguém chega pra você dizendo 'olha, eu não gosto de política, mas...', pode crer, essa pessoa está sendo política.”

O ex-presidente comentou respostas dadas às manifestações, como o Mais Médicos, teceu duras críticas aos opositores do programa e enfatizou que a iniciativa cobre apenas uma pequena parte de um grande problema. Lembrou que o país não dispõe nem de especialistas nem de tecnologia em diversas áreas, e que não vai resolver os grandes problemas sem recursos. “Lá atrás, quando rejeitaram a CPMF, tiraram R$ 40 bilhões por ano da saúde achando que iam prejudicar o Lula. Mas prejudicaram o povo”, disse, acentuando que o Estado é quem banca grande parte dos tratamentos dos ricos na rede privada, quando deduzem suas despesas do imposto de renda, enquanto aos pobres só resta o SUS.

Lula disse acreditar que poucos prognósticos poderão ser feitos sobre as eleições de 2014 antes de março do ano que vem, quando já devem estar colocados todos os nomes das disputas, em nível nacional e nos estados. Um dos principais articuladores políticos do PT, ele afirma que seu papel no processo será o “papel que a Dilma quiser” que ele tenha. Admite ver dificuldades na permanência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na base de apoio, vê obstáculos adicionais nas alianças com o PSB em alguns estados, como Ceará e Pernambuco, e vai considerar um grande feito, uma vez consolidada a ruptura, que os partidos façam um pacto de não hostilidade nos palanques em que forem adversários.

Para Lula, a mais importante das reformas do país é a política, com o fim do financiamento privado de campanhas. “Vocês veem as grandes empresas fazendo campanhas contra o financiamento privado? Vocês veem empresários reclamando que não querem contribuir com campanhas eleitorais?”, questiona. Ele reconhece que a atual composição do Congresso não tem interesse nem força para fazer uma mudança impactante no sistema político-eleitoral porque põe em risco os próprios atuais mandatos. “Uma reforma para valer não vai acontecer agora. Por isso, vai ter de ser feita por meio de uma constituinte exclusiva, com ampla participação da sociedade.”

E abordou também a necessidade de um novo marco regulatório das comunicações – “há um projeto, o Paulo Bernardo disse que ia fazer debates públicos, mas não andou...” –, lamentou a ausência de projetos do governo do PSDB para o estado e a região metropolitana de São Paulo, e criticou a forma como “alguns” tentam “transformar coisas boas em coisas ruins”, referindo-se à realização da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil.

O ex-presidente foi cauteloso ao comentar o julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão, porque diz ter de respeitar as instituições envolvidas na questão. “Depois que o julgamento estiver totalmente concluído eu vou falar. E tenho muita coisa pra falar”, disse, ressalvando que, no que diz respeito à abordagem política do caso, os acusados já foram condenados há muito tempo.

A TVT exibe os principais trechos da entrevista no programa Seu Jornal de hoje, que vai ao ar às 19h e pode ser visto no canal 13 da NET na Grande São Paulo, ou no site. Amanhã (25), a Rádio Brasil Atual também veicula outros momentos da entrevista, no programa que pode ser ouvido a partir das 7h em São Paulo (FM 98,9), litoral paulista (FM 93,3) e noroeste paulista (FM 102,7). Logo mais, à noite, a RBA e o site do ABCD Maior publicam a íntegra da entrevista.



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Altamiro Borges: Aécio apoia “soneguetes” da Globo


por Altamiro Borges, em seu blog

Em sua coluna de platitudes na Folha desta segunda-feira (23), o senador Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, explicita o seu apoio às atrizes da Globo que se vestiram de luto para protestar contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os embargos infringentes. Vale conferir a comovida e hipócrita mensagem:
Não poderia encerrar a coluna de hoje, em que falo de internet, sem manifestar minha solidariedade às atrizes Carol Castro, Rosamaria Murtinho, Nathalia Timberg, Susana Vieira e Bárbara Paz. Para quem não acompanhou, exercendo o legítimo direito de expressão – que deve ser garantido a todo brasileiro, qualquer que seja sua opinião -, elas manifestaram a decepção pessoal com o resultado da votação dos embargos no caso do mensalão. Acabaram vítimas de violentos e injustos ataques realizados pelo exército digital, que, aparelhado, tenta constranger e intimidar todos aqueles que não se alinham às causas do projeto de poder instalado no país.
Haja falsidade e puxa-saquismo! Quem conhece as práticas do ex-governador e de sua poderosa irmã em Minas Gerais sabe que eles nunca respeitaram “o legítimo direito de expressão”.
Denúncias sobre perseguição a jornalistas e blogueiros e sobre as relações promíscuas com veículos de imprensa – com base nas milionárias verbas de publicidade e em outros mecanismos menos públicos – são recorrentes.
O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais sempre fez duras críticas ao autoritarismo dos tucanos mineiros. Quanto ao “exército digital aparelhado”, o PSDB é famoso por contratar bandos de jagunços para promover calúnias e baixarias nas redes sociais.
A notinha de apoio de Aécio Neves, que não consegue deslanchar em sua candidatura e ainda enfrenta as bicadas sangrentas do seu maior rival interno (José Serra), visa apenas agradar o império midiático da família Marinho.
O tucano poderia aproveitar o cômico episódio das “atrizes de luto” – já batizadas de “soneguetes” – para cobrar da Globo o pagamento da multa de R$ 730 milhões por sonegação fiscal.
Como senador, ele também poderia solicitar à Comissão da Verdade que convoque a direção da grupo para explicar o seu apoio o golpe militar de 1964, conforme o jornal da famiglia confessou em recente editorial. Nada disso! Aécio Neves prefere se solidarizar com a “soneguetes” e bajular a Rede Globo!


Fonte: VIOMUNDO

quarta-feira, 18 de setembro de 2013


Dilma cancela viagem oficial aos EUA

Devido ao episódio da espionagem americana ao Brasil a presidenta Dilma cancelou sua viagem oficial aos EUA. Dilma responde à altura este atentado à soberania brasileira e aos direitos dos cidadãos.
Em nota oficial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência afirmou:

"As práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos."

Confira a íntegra da nota no Blog do Planalto.

Nestes 10 anos de governo Lula e Dilma nosso país conseguiu construir uma nova política externa em que a soberania do Brasil sempre é a tônica principal, ao contrário dos tempos de FHC em que ministros tinham que tirar os sapatos nos aeroportos americanos e o próprio presidente levava "pitos" públicos do presidente americano.

Relembre:


Sobre homens e escorpiões



Em texto exclusivo para o 247, o poeta Lula Miranda adapta a fábula do sapo e do escorpião para os dias atuais; nesta quarta-feira, conheceremos a verdadeira natureza do ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal. Ele transportará a sociedade brasileira, o direito de defesa e as garantias individuais até a outra margem do rio? Ou cederá à peçonha das paixões políticas? O que somos?, indaga o poeta. Juízes ou verdugos? Homens ou escorpiões? Respostas, hoje, às 14h, no Supremo Tribunal Federal

18 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 06:19

Por Lula Miranda, especial para o 247

É bastante conhecida a fábula do escorpião e do sapo. Ou alguma de suas variantes como, em sua versão “budista”, a fábula do escorpião e o monge etc.

Na versão com o sapo, ambos, o escorpião e o batráquio, estão na beira de um rio e necessitam atravessá-lo: uma tarefa fácil para o sapo, impossível para o escorpião. Este último então pede uma carona ao primeiro. O sapo, conhecedor da peçonha do pequeno artrópode, diz que não o levará, pois este iria certamente ferroá-lo. O escorpião o convence então de que não faria isso porque senão se afogariam ambos – inclusive ele, escorpião. O que seria uma estultice – arrematou sagaz. Ao que o sapo por fim se convence e resolve ajudá-lo a atravessar o rio. Quando, já no meio da travessia, sente a dor aguda da ferroada. Perplexo, questiona o seu carona que lhe responde impávido: essa é a minha natureza.

Na versão do monge, temos o homem e o escorpião como personagens da parábola ou da fábula.

Um homem é um homem; um escorpião é um escorpião. Isso não lhes parece uma platitude, uma obviedade? Deveria ser. Mas nem sempre é assim. Por vezes homens e escorpiões se confundem e se misturam; não somente nas fábulas, mas na realidade dos dias. Algumas vezes, em algumas ocasiões, o homem, tal qual o escorpião, está inexoravelmente encalacrado e “atado” à sua natureza primeva, “peçonhenta”.

O homem e o escorpião por vezes são seres bastante parecidos – para muito além das fábulas.

Na sessão do STF, que julgará a admissibilidade (ou não) dos embargos infringentes, estaremos diante da decisão de um juiz que poderá dar o seu voto em consonância com o que supostamente estaria a clamar a multidão, a chamada “turba ignara” – na verdade, essa não é, em absoluto, a expressão da vontade de multidão alguma, mas da grande imprensa mercantil e dos tucanos e demais antagonistas do PT em geral –, ou poderá/deverá julgar e votar de acordo com o que está previsto no regulamento, no cânone da Suprema Corte, que prevê a aceitação dos embargos infringentes quando existem 4 votos a favor do(s) réu(s)?

Remetendo-nos à fábula do escorpião, o ministro Celso de Mello nos dará uma demonstração da possibilidade (ou da impossibilidade) de um homem, ali colocado na condição de juiz, julgar e votar em estrito respeito e observância da lei e dos direitos, líquidos e certos, dos réus; ou, em vez disso, se deixar levar pela “multidão” ou por sua natureza, pela “peçonha”, pelo seu instinto [seu e de alguns de seus pares] e assim afundar no arbítrio, na intolerância, na injustiça.

É possível um juiz julgar alheio às suas paixões e predileções políticas?

Centenas, milhares de juízes, muitos dos quais recém-ingressados na magistratura; milhares dos chamados “operadores do direito” estarão de olho na decisão do ministro Celso de Mello, pois esta poderá lhes servir como uma lição definitiva.

Poderá servir como lição capital.

Não só aos jovens juízes, e tampouco aos réus, mas, sobretudo, a todos nós. Pois o que está em jogo não é tão somente algo essencial à Justiça e ao Direito. E, também, essencial para o respeito à hombridade, à dignidade e à vida dos réus e de suas famílias – como se isso em si e por si mesmo já não fosse o bastante.

O que está em jogo, para nós todos, e não somente para os ditos “operadores do direito”, é uma questão fundamental, que diz respeito ao Estado de Direito e à cidadania – que devem, por princípio constitucional, estar preservados e protegidos.

Protegidos e preservados inclusive da peçonha e vilania de alguns homens, cuja natureza em tudo se assemelha, perigosamente, aos escorpiões e outros bichos.

Lembro-me de alguns ministros vociferando “marimbondos de fogo”, escorpiões, cobras e lagartos em algumas sessões da AP 470, dando vez e voz às suas paixões políticas e, despudoradamente, despindo-se da sua condição de magistrado. Uma desabrida falta de pudor. Uma vergonha. Que passou na TV, como um espetáculo infame, promíscuo. Ao vivo e em cores.

O que me remeteu àquilo que predizia o poeta Augusto dos Anjos: “Acostuma-te à lama que te espera!/O homem, que, nesta terra miserável/ Mora entre feras, sente inevitável/ Necessidade de também ser fera”.

O que somos?

Juízes ou verdugos?

Homens ou escorpiões?

Conseguiremos ao final alcançar a outra margem do rio?

Fonte: BRASIL247

segunda-feira, 16 de setembro de 2013


Morre Gushiken, o guerreiro visionário

Gushiken foi uma das lideranças sindicais mais capazes da história recente do Brasil. Acha exagero? Pergunte ao Lula qual é a opinião dele acerca dessa frase
por Renato Rovai — publicado 15/09/2013 10:24

Gushiken foi uma das lideranças sindicais mais capazes da história recente do Brasil. Acha exagero? Pergunte ao Lula qual é a opinião dele acerca dessa frase. Sua liderança não estava apenas associada ao seu carisma ou à sua capacidade de articulação. E ele tinha os dois. Mas Gushiken era maior que isso. Era um intelectual.
Sua morte aos 63 anos me faz lembrar de um tipo de sindicalismo que está em falta atualmente, o dos líderes brilhantes. Daqueles que se sobrepunham aos grupos e às disputas comezinhas. Que conseguiam reverter a decisão de uma assembléia, mesmo quando suas posições eram polêmicas e minoritárias.
Tive o prazer de conhecer Gushiken. Mas não o de desfrutar de sua amizade. Achava-o bastante reservado. E nunca ousei passar dos cumprimentos formais. Mas quando ele decidiu que não buscaria a reeleição a deputado federal, fui entrevistá-lo. Era editor da Revista dos Bancários, atual Revista do Brasil. Aquela seria sua primeira entrevista sobre o tema e só depois da divulgação da edição ele trataria do assunto com a imprensa tradicional.
Encontrei um Gushiken um tanto aliviado. Ele dizia que era hora de dedicar tempo à família. Que tinha perdido boa parte da infância e adolescência dos filhos vivendo em ponte aérea. E que, ao mesmo tempo, era hora de parar de passar medo. Pois é, Gushiken tinha medo de avião. E me falou uma frase que invariavelmente me recordo ao entrar num. Quanto mais você anda de avião, maior é a chance de dar algo errado num deles.
Naquela entrevista, anunciou que apoiaria o então presidente do Sindicato dos Bancários, Ricardo Berzoini, para sucedê-lo. Em tese, seria a saída do talentoso bancário da vida política.
Berzoini saiu candidato em 1998 e se elegeu. Lula perdia mais uma eleição. Mas em 2002 quando decidiu disputar de novo, o ex-operário foi buscar Gushiken para trabalhar no seu comitê. Ele já estava doente. E as previsões era de que não teria muito tempo de vida. Mas, encarou o desafio. Levava sua comida macrobiótica para o comitê e deu conta do recado. Lula, então, convocou para ser um dos homens fortes do seu governo. Gushiken participou do núcleo duro da primeira fase. E com a sua força, peitou Daniel Dantas.
Até as esquinas inexistentes de Brasília sabem disso. Ele impediu que o orelhudo (na definição de Mino Carta) influenciasse na escolha dos Fundos de Pensão. Ao contrário, chamou para si a responsabilidade e colocou pessoas da sua confiança tanto na Previ, quanto na Petrus. E para o ministério da Previdência, indicou Berzoini, aquele que havia escolhido como seu sucessor na Câmara. Ao invés de ficar por perto dessas áreas, foi para a Secom, onde tirou a publicidade de uma vala de favores, centralizou as contas do governo, negociou descontou nas compras de veiculação e moralizou a relação com as agências.
A comunicação não era a praia do japonês, mas ele sabia que ali era preciso mais do que comunicar, gerenciar. Mas de lá, ele olhava para o futuro. Queria pensar o Brasil de 2020, de 2050. E convenceu Lula de que era necessário ter um Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE). E para lá ele foi pensar o Brasil.
Quando estava nesta empreitada, veio o mensalão. E como Gushiken era um dos homens da confiança de Lula, não podia ficar de fora da tsunami. Daquele episódio recordo-me de dois momentos. Um deles, foi a sua ida à CPI dos Correios. Antes de Gushiken, todos os que eram chamados chegavam de cabeça baixa. Gushiken, não. Abriu sua fala pedindo ao senador Álvaro Dias que se retratasse por tê-lo acusado de participar de uma quadrilha em sessão anterior. E politizou o debate, dizendo que “forças da direita” estavam se aproveitando da atual crise para fazer disputa política. Ou seja, para tentar travar um terceiro turno eleitoral.
Recordo-me também de uma matéria da revista Veja, onde ele, junto com Lula, era acusado de ter contas em uma desses paraísos fiscais. Quando um amigo preocupado me ligou lendo trechos da matéria. Tranquilizei o interlocutor. Tinha certeza da impossibilidade de Gushiken estar envolvido com algo assim. E, claro, não tinha. A Veja apenas aprontava mais uma das suas.
Mas mesmo sem que houvesse prova alguma contra ele, Gushiken teve de sair do governo e foi acusado no episódio do mensalão. Os acusadores precisavam de 40 nomes, para recriar a história de Ali Babá. E Gushiken entrou na conta. Mas, por falta de provas, seu processo não teve continuidade. O próprio Joaquim Barbosa decidiu inocentá-lo. Gushiken foi inocentado ainda em vida. E agora pode viajar tranquilo. Para o futuro. Para um lugar que ele sempre acreditou que poderia ir.
Gushiken era alguém de fé. E sua fé também lhe permitiu ser o que foi.
Boa viagem, companheiro.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013



Lula conta como foi criação do Bolsa Família

Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Divulgação).





Em dois vídeos gravados no início deste ano no Instituto Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relembra a concepção e a execução das políticas sociais do seu governo.


Nesta primeira parte do vídeo, Lula diz que partiu da noção de que o problema não era só a falta da produção de alimentos, mas também a escassez de dinheiro para comprar os alimentos. Sobre a criação de programas sociais como Bolsa Família, o ex-presidente afirma que enfrentou muito preconceito de pessoas que defendiam que os programas sociais eram esmolas e que os beneficiários iriam querer viver às custas do Estado.
A necessidade de um cadastro completo e eficiente também é destacada pelo ex-presidente como essencial. Para ele, sem isso se correria o risco de o dinheiro não chegar às mãos das pessoas que precisam, de intermediários desviarem dinheiro ou de incluir nomes de pessoas que não precisavam do benefício.
Lula lembra ainda que o projeto de segurança alimentar e combate à fome foi criado no Instituto Cidadania, que depois da sua saída da Presidência, deu origem ao Instituto Lula.
Na segunda parte do vídeo, Lula fala dos resultados dessas políticas e da necessidade de melhoria constante na vida das pessoas. “As pessoas que recebem essa transferência de renda não deve favor a ninguém”, afirma o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda parte do vídeo gravado no Instituto Lula, no início de 2013, em que ele relembra a concepção e a execução das políticas sociais do seu governo. “O que fizemos foi distribuir uma parte da riqueza nacional”.
Lula afirma ainda que não é apenas o Bolsa Família que fez com que o Brasil combatesse de forma tão veemente a desigualdade. Ações como a do microcrédito, da compra de alimentos, do aumento do salário mínimo também contribuíram para esse processo.
O ex-presidente ressalta também que os ganhos conquistados pelo povo geram novas demandas. “É a coisa mais natural. A ascensão das pessoas é uma coisa que se busca a vida inteira”. Exatamente por isso, Lula considera que “cada vez mais, precisamos fazer mais políticas sociais”.
As consequências das políticas sociais atingem também os indicadores econômicos. Mais gente tem acesso ao mercado consumidor e faz a roda da economia girar. “Ao invés do pobre ser um problema no Brasil, ele passou a ser a solução”.
“O Brasil finalmente se encontrou consigo mesmo. Nós resolvemos virar uma grande nação e uma grande nação só é reconhecida quando seu povo tem uma boa qualidade de vida”, finaliza Lula.
(Instituto Lula)




A guerra que pode matar uma nação

Variáveis macroeconômicas são ingredientes à espera de um projeto de Nação.

Quem decide a receita do desenvolvimento e da sociedade é a luta política.

Uma arma crucial do embate é a formação das expectativas.

No Brasil hoje, são elas que podem mover ou travar a engrenagem decisiva do investimento na esfera industrial e na infraestrutura.

Num caso, o país retoma o crescimento ancorado em bases consistentes.

No outro, o pessimismo estreita o horizonte do futuro e afoga a Nação na liquidez rentista. A espiral descendente do emprego e do consumo cuida do resto, conflagrando a inquietação social.

É a disjuntiva dos dias que correm.

A guerra das expectativas dispara mísseis que cruzam os céus do imaginário social ininterruptamente.

A quarta frota desta guerra é a área na qual a influencia conservadora desequilibra o jogo a seu favor: o comando do noticiário em geral; o da economia, em particular.

Dados auspiciosos do IBGE sobre o PIB do segundo trimestre foram recepcionados com um muxoxo pela emissão conservadora: ‘resultado surpreende o mercado’.

Modéstia.

O resultado não surpreende, ele o decepciona.

Um desastre econômico de proporções ferroviárias é vaticinado há meses pela endogamia da mídia com a corriola das consultorias e a pátria financeira.

O lubrificante ora é o dólar no mercado futuro. Ora a AP 470. Ora a 'invasão' da saúde pública por 'escravos de Fidel', desembarcados de ‘aviões negreiros’. Assim por diante.

A impressionante expansão de 9% do investimento no 2º trimestre, comparado ao mesmo período de 2013, trouxe ao crescimento de 1,5% do PIB uma qualidade há muito requerida pelo país.

O incremento de capacidade produtiva avançou bem acima da variação do consumo das famílias (2,3%) e o do governo (1%).

É a calibragem correta para uma expansão de longo curso.

Aquela que não desanda em pressões inflacionárias porque a oferta caminha adiante da demanda.

Não significa que a matriz de um novo ciclo está consolidada. Estamos longe disso.

O Brasil acumula pendências cambiais e de logística que emperram o motor do seu desenvolvimento.

A economia tem gargalos objetivos; oscila em altos e baixos à procura de uma nova coerência, como mostra a montanha-russa do desempenho industrial.

Mas o PIB que surpreendeu a narrativa derrotista comprova que a fatalidade conservadora não é um dado de natureza.

É um ingrediente da luta política em curso, abastecida com a pólvora das expectativas.

O conjunto manipula a incerteza intrínseca ao cálculo econômico de longo prazo no regime capitalista.

A sinalização financeira a quem caberia clarear a neblina do futuro, age para cegar. Seu alto-falante midiático cuida de afligir.

Um lucra com a especulação nutrida pela incerteza; o segundo, com o rebate conservador que o pânico injeta nas pesquisas eleitorais.

Significa dizer que a batalha do crescimento não será vencida no âmbito exclusivo das medidas econômicas.

Se o governo não se despir do economicismo, perderá a guerra. Ainda que tome as medidas tecnicamente adequadas à retomada do crescimento.

O contrafogo das expectativas negativas pode por tudo a perder.

Guardadas as proporções, vale lembrar: Puttin, na Rússia, colocou no ar uma emissora estatal que dispõe de orçamento de US$ 300 milhões/ano. E um quadro de dois mil contratados.

Guardadas as devidas motivações, cumpre insistir: esse é o tamanho do jogo.

Nunca é demais repetir: a coerência macroeconômica quem dá é a correlação de forças da sociedade, que tem na formação das expectativas um de seus ordenadores decisivos.

Quem fizer a leitura política do noticiário econômico enxergará a queda de braço em curso.

De um lado, iniciativas oficiais procuram desbastar o caminho para um novo ciclo histórico, ancorado no impulso do investimento com maior equidade social.

De outro, os interesses que tentam direcionar a encruzilhada atual para a regressão ao modelo dos anos 90: privatizações, Estado mínimo, arrocho social, alinhamento carnal com geopolítica e a economia imperial norte-americana.

Nunca será fácil converter as conquistas e aspirações de uma época à paz salazarista cobiçada pelos ‘mercados’.

A saber: um cemitério social rígido como o eletrocardiograma de um morto, associado à apoteose rentista da nação à serviço do dinheiro.

Fomentar a crise de confiança é a pedra basilar dessa arquitetura.

Dar a isso a abrangência de um sentimento coletivo de baixa autoestima, é a sua argamassa.

Fazer da descrença no país, em suas lideranças, no Estado e organizações sociais um acontecimento de natureza política e econômica, o vigamento superior.

Naturalizar esse jogral a ponto torna-lo uma profecia autorrealizável, a cumeeira do processo.

Leve tudo ao forno da inquietação social movida a denuncismo e vaticínios de desastre iminente no desempenho do PIB e dos índices de inflação.

Não importa que os resultados do mês em curso os desmintam.

O núcleo duro dessa usina de sombras e abismos é afinado por um jogral de pluralidade ideológica irrisória.

Em entrevista recente, o colunista do Estadão, José Paulo Kupfer, admite o viés que afina o noticiário econômico:

‘Fiz uma pesquisa de fontes em alguns principais jornais: Estadão, O Globo, Folha. Captei 500 participações. 85% das citações eram de consultorias, departamentos de economia (alinhados) a escolas neoliberais. Fica tudo com uma visão só”, afirmou.

Como enfrentar essa guarda pretoriana sem um antídoto da envergadura daquele ostentado pelo projeto da ‘Russia Today’?

Difícil.

O PIB do segundo trimestre revelou uma taxa de investimento ainda abaixo dos 20% , tido como um requisito para acelerar a máquina do crescimento.

Mas cravou 18,6%, em ascensão, tendo como pano de fundo cerca de R$ 3,8 trilhões em novos projetos investimentos privados e grandes obras de infraestrutura.

A previsão é do BNDES para o período 2014 e 2018.

O valor, apreciável em qualquer latitude do globo, separa a linha entre o país viável e aquele cronicamente inviável , disseminado pelo jogral dos ‘ 85%’ identificados por Kupfer.

Não só. O conjunto incide sobre um mercado de 200 milhões de habitantes.

Significa que o país tem hoje uma população equivalente a dos EUA nos anos 70. E uma renda pouco superior a 1/3 daquela dos norte-americanos nos anos 30.

Com uma distinção dinâmica não negligenciável.

A distribuição, no caso brasileiro, é melhor que a registrada na sociedade norte-americana, atropelada então por 14 milhões de desempregados da crise de 29.

Essa obra prima dos livres mercados é um pouco o que a turma dos ‘85%’ quer ressuscitar no Brasil do século 21.

Precisa para isso torturar de morte ingredientes dificilmente compatíveis com a sua receita de nação: uma população jovem, uma imensa demanda não atendida, trilhões de reais mobilizáveis e recursos estratégicos abundantes, a exemplo do pré-sal.

A macroeconomia pura e simples jamais diria que estamos diante dos ingredientes de um fracasso, como aquele vaticinado dia e noite pela emissão conservadora.

Mas a guerra das expectativas pode matar uma Nação.

Se conseguir convencê-la a rastejar por debaixo de suas possibilidades históricas.


Postado por Saul Leblon às 08:2

Nota do PT sobre os atos de espionagem praticados pelos EUA

O Partido dos Trabalhadores manifesta seu apoio à firme reação da presidenta Dilma Rousseff, frente aos atos de espionagem praticados pelo governo dos Estados Unidos.


Já sabíamos, pela experiência histórica e também com base nas informações divulgadas pelo ex-agente Edward Snowden, que os Estados Unidos mantêm um esquema de espionagem massiva, capaz de monitorar correios eletrônicos, redes sociais, mensagens de texto e ligações telefônicas de pessoas por todo o mundo.
Agora está confirmado que a presidenta da República e seus assessores diretos foram alvo desta espionagem. Além de invasão de privacidade, desrespeito aos direitos humanos e as liberdades individuais, trata-se de uma agressão direta ao Brasil.
Como é óbvio, a espionagem contra a presidenta do Brasil não visa combater o terrorismo, mas sim obter informações que sejam úteis aos Estados Unidos em batalhas políticas e comerciais. 
Contra um Estado que age como hacker, é fundamental invocar a força da lei internacional e nacional. Além da ação movida pelo Brasil na ONU, apoiamos as iniciativas anunciadas para proteger o Brasil, seus cidadãos e cidadãs, da invasão cibernética.
A Independência do Brasil, cuja comemoração oficial se fará no próximo 7 de setembro, é defendida e reforçada assim, por um governo capaz de proteger nossa soberania, segurança, democracia e nossa opção pela justiça social.
Rui Falcão
Presidente Nacional
Iriny Lopes
Secretária de Relações Internacionais

Valter Pomar

Secretário Executivo do Foro de São Paulo
membro da Direção Nacional do PT

segunda-feira, 2 de setembro de 2013


PED2013: Próximas agendas

Na última sexta-feira, 30 de agosto, terminou o prazo para o pagamento da contribuição individual dos filiados ao PT. O pagamento da contribuição é condição necessária para o militante estar apto a votar e ser votado no PED 2013 em 10 de novembro.

As próximas datas do PED 2013, vão mobilizar com mais intensidade os diretórios municipais, visto que o prazo para registro das chapas e candidaturas municipais e regionais será o dia 11 de setembro.

Com relação às contribuições financeiras, o próximo prazo agora serão para as contribuições coletivas que se encerrarão no dia 16 de setembro. As contribuições coletivas serão organizadas pelas direções municipais com a programação de eventos para arrecadação aonde o pagamento de todos os filiados do município terão que ser quitados.

Maiores informações podem ser acessadas no site do PED2013: http://ped.pt.org.br/


Candidatos à presidência nacional do PT fazem debate no Pará.

No próximo da 5 de setembro, às 19h, no Hotel Sagres, em Belém, será realizado o primeiro debate entre os candidatos à presidência nacional do partido. Estarão presentes ao encontro, além de militantes e filiados do partido, os candidatos Serge Goulart, Valter Pomar, Markus Sokol, Rui Falcão, Renato Simões e Paulo Teixeira.

O Diretório Estadual do Pará convoca todos os filiados e filiadas, militantes e lideranças para prestigiar o debate, e conhecer as propostas dos candidatos.

O debates será transmitidos pela internet através do portal do PT

NORMAS PARA A REALIZAÇÃO DOS DEBATES ENTRE AS CHAPAS NACIONAIS E ENTRE OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA NACIONAL DO PT.
1.         A direção do PT no Estado coordena a mesa dos trabalhos. Chama os debatedores para a mesa e anuncia a ordem das falas, que será determinada por sorteio prévio.
2.         Na primeira fala da mesa, o tempo máximo será de 10 minutos. Quem ultrapassar terá o tempo descontado na segunda rodada.
3.         Após o último da mesa a falar, abre-se 30 minutos para o plenário. Cada fala do plenário terá no máximo 3 minutos, não ultrapassando 10 intervenções. Quem do plenário quiser falar se inscreverá na mesa, que anotará seu nome num papel, dobrará e colocará num recipiente. Fará uso da palavra quem for sorteado.
4.         Após as intervenções do plenário a palavra volta para a mesa para a segunda rodada. Começa a falar o último da primeira rodada. Tempo máximo de 5 minutos.
5.         Após a segunda rodada a mesa chama novamente os candidatos para suas considerações finais. Começa a falar o penúltimo da primeira rodada. Tempo máximo de 3 minutos.

6.         Encerramento pela coordenação dos trabalhos.

Juventude petista fará encontro em Belo Horizonte

Juventude do PT realiza Encontro Nacional de Estudantes Petistas em setembro






Cerca de 200 representantes da militância estudantil da JPT participarão do encontro.


Belo Horizonte foi a cidade escolhida para sediar o Encontro Nacional de Estudantes Petistas, que acontecerá nos próximos dias 13, 14 e 15 de setembro. O tema central do encontro serão os novos rumos da educação brasileira. 
Cerca de 200 representantes da militância do Partido dos Trabalhadores participarão do evento, que será dividido em três eixos específicos: o primeiro será o balanço da educação nestes dez anos de governo; o segundo é a avaliação dos desafios na área, discutindo a reforma do ensino médio, a regulamentação das universidades e faculdades privadas e o Plano Nacional da Educação; e o terceiro eixo é o debate do Movimento Estudantil.
“Quero deixar esse recado pra toda a militância da Juventude do PT para que possam participar do encontro nacional de estudantes”, enfatiza Jefferson Lima, secretário nacional da Juventude PT. 

O encontro acontecerá na Escola Sindical 7 de Outubro (CUT) - 
Rua Nascimento, 101, Barreiro Cima, Belo Horizonte – MG.

(Secretaria Nacional de Juventude do PT)





Fonte: PT NACIONAL